QUEM SOMOS
A HISTÓRIA DO SINJE / CE
A defesa dos interesses da categoria, bem como o desejo de organização, foram as razões preponderantes para que, a 7 de outubro de 1991, em assembleia histórica, nascesse o Sindicato dos Servidores da Justiça Eleitoral no Ceará (SINJE / CE). Impulsionado por esse sentimento, um pequeno grupo de servidores, à época ainda novatos e inspirados pelo surgimento de sindicatos congêneres em outras unidades da Federação, motivaram-se à concretização desse sonho. O sindicato começou com a participação de poucos filiados, mas foi crescendo e, atualmente, após 33 anos de funcionamento, conta com 745 filiados, em decorrência do aumento do quadro de servidores, inclusive com a criação de dois cargos efetivos para cada cartório eleitoral. Comprovou-se, portanto, a necessidade de fortalecimento de uma organização sindical para resistir aos embates com os sucessivos governos, nas últimas décadas.
Na realidade, o SINJE/CE originou-se da Associação dos Servidores da Justiça Eleitoral (AJE), de efêmera existência, no contexto da década de 1990, marcada pela denominada Era Collor, quando foi se desenhando, no contexto histórico-político nacional, profundas mudanças na concepção de Estado e de serviço público. Disso resultou a retirada de muitos direitos, trazendo preocupação e ensejando um posicionamento mais atuante por parte da categoria. Optou-se pela transformação da antiga associação em sindicato, em razão da legitimidade ativa que legalmente fora conferida às entidades sindicais para representarem os servidores, inclusive com substituição processual. Tal transformação possibilitou o ajuizamento de ações coletivas, despertando o interesse da expressiva maioria. A partir de então, o SINJE/CE foi conduzido por sucessivas diretorias, as quais formularam várias reivindicações nas áreas administrativa e judicial.
Em função do reconhecimento de que os assuntos de interesse geral deveriam ser encaminhados somente após amplo debate e uniformidade de posições, o SINJE/CE, em assembleia realizada no dia 11 de abril de 1996, filiou-se à Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União (FENAJUFE). Ao longo dessas décadas o Sinje tem participado ativamente da luta por melhorias salariais, aderindo a movimentos de caráter nacional como a elevação do percentual da GAJ e contra as várias Reformas da Previdência, nos termos em que foram aprovadas, suprimindo conquistas para os servidores ativos e, principalmente, taxando os inativos e pensionistas, além de introduzir regras muito desvantajosas para os futuros servidores. Várias mobilizações exigiram concentração de esforços e habilidade de negociação política, como a aprovação de planos de cargos e salários a partir de 2002, quando passou a ser necessário recorrer-se à greve para que tais objetivos fossem alcançados. Em 2006 não foi diferente.
No ano de 2011 voltou-se à discussão de mais um plano de cargos e salários, com intensos debates quanto ao modelo remuneratório para os servidores do Judiciário da União. Isto levou a categoria a refletir sobre novos modelos que a valorizassem e que também pudessem reduzir a enorme disparidade salarial que ainda a afeta seriamente. Inspirado pelos debates que se desenvolviam em âmbito nacional, sobre a implantação desse novo modelo, ampliando a participação de todos os filiados nas discussões e decisões em nome da categoria, um grupo de servidores se reuniu em torno desse projeto e lançou a chapa Renova Sinje, eleita no final daquele ano.
Em 2012 o estatuto do Sinje foi reformado, introduzindo mudanças como a participação da categoria por meio do sítio eletrônico do sindicato, na formação da pauta das assembleias gerais, a discussão de pontos de interesse dos sindicalizados através do fórum eletrônico, a transmissão ao vivo das assembleias e a votação a distância por meio de ferramenta Web disponibilizada no sítio (site) do Sinje. Tais inovações sintonizaram-se com a realidade da categoria, espalhada por todo o território cearense e que, com o suporte tecnológico, passou a participar, de forma mais interativa, das discussões de natureza sindical.
A partir de 2013 desenvolveram-se novas tratativas objetivando viabilizar mais um plano de cargos e salários, recompondo dessa maneira as perdas da categoria, tendo em vista o descumprimento do preceito constitucional referente à data-base. Dessa forma, um longo período de negociações e embates entre os poderes Judiciário e Legislativo culminou, em 2015, com a realização do mais longo movimento paredista dos servidores, superior a 120 dias. Embora não tenha resultado em vitória, nos termos e parâmetros originalmente pleiteados, esta foi bastante significativa, pois, a partir de então, a conjuntura político-econômica nacional agravou-se, inviabilizando maiores avanços.
Em 2018, a diretoria, percebendo as crescentes demandas hodiernas, decidiu reestruturar toda a área de comunicação do Sinje, a partir de sua identidade visual, adotando nova logomarca estilizada em moderno design, novo site e conexão com as redes sociais, a fim de se aproximar e interagir com seus filiados.
Para a execução desse trabalho, acrescentou ao time de colaboradores uma assessoria de comunicação, que passou a ser responsável pela atualização desses novos meios adotados.
A partir de 2020, em razão da pandemia de Covid 19, foi adotado o teletrabalho e todos os procedimentos passaram a ser virtuais.
Em 2023, com a mudança do TRE/CE para a nova sede construída na rua Dr. Pontes Neto, nº 800, bairro Luciano Cavalcante, o Sinje também passou a atender nesse novo endereço e retornou às atividades presenciais.
Ao final de 2023, por ocasião da XXIII Plenária Nacional da Fenajufe, foi aprovado anteprojeto de lei do novo Plano de Cargos, Carreira e Salários dos servidores do Poder Judiciário da União (PJU), o qual foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, Conselhos e Tribunais Superiores. O Sinje, muito atento, está engajado em discussões e mobilizações, visando obter melhores condições de vida para os servidores e de trabalho para a categoria.
De igual modo, está empenhado, lutando pela aprovação da PEC 6/2024, que visa extinguir a contribuição previdenciária dos aposentados e pensionistas.